Pois bem, quem nunca?

Quantas vezes, (e a quantos de nós) não aconteceu sentir desespero, frustração, tristeza e ficar mesmo em baixo quando queremos algo que não acontece? Seja em que área for da vida!

A nível profissional, lembro-me tão bem de querer passar para um outro departamento quando estava a trabalhar na companhia de seguros e nunca aconteceu...

Lembro-me tão bem de sentir uma injustiça enorme, uma sensação de vitimização muito grande porque uma boa parte dos meus colegas conseguia trocar de lugar, de funções e a mim não me era dada essa oportunidade...

Quantas vezes me fui abaixo por querer algo que não era simplesmente para mim?

Como se lida com algo que o Ego quer mas a Alma sabe que não é o melhor para nós?!

Estive durante alguns anos nesta luta interior. O meu foco era mesmo mudar de funções e de departamento. Era esse o meu objetivo e durante uns 4 anos não pensei em mais nada. Acabava por ter dias bastante infelizes porque o meu pensamento, o meu querer estava noutro lado...anos depois acabei por me render ao facto de não mudar de funçoes e de departamento para o qual Eu queria. Mudei sim, mas para outro.

Mais tarde, vim a perceber o porquê de nunca ter tido a oportunidade (achava eu que era oportunidade). Percebi com atitudes que foram tomadas nesse tal departamento que não iam de acordo com o que era melhor para mim, percebi que iria sofrer bastante com isso. Sem dúvida que o tempo me mostrou que a minha energia não se ajustava à energia dessas pessoas e então os meus dias seriam ainda piores do que eu achava que já eram para mim!

Com isto quero dizer que, às vezes o que queremos não é mesmo melhor para nós! E o Universo não abre mão!

E quando queremos muito algo que não é o melhor para o nosso propósito, ou evolução, ficamos presos a isso, e nem nos apercebemos que a vida no seu dia a dia nos traz ou pode trazer tantas outras coisas, porque estamos adormecidos no nosso querer, no nosso EGO. Esse querer deixa-nos presos a sentimentos menos bons, traz-nos um papel de vitimização que não nos serve, traz angustia, tristeza e frustração.

Aprendi claramente a confiar no Universo e no que me traz ou não. Aprendi que todas as situações nos trazem grandes ensinamentos, e se confiarmos no Universo, as coisas que acabam por acontecer são sempre melhores do que algum dia pensámos! Isto tem-me acontecido SEMPRE!

Aceita que a tua Alma sabe sempre o que é melhor para ti! Aceita confiar nas leis do Universo, e aceita que existe de facto um plano maior para nós e deixa te fluir com a Vida e com o que ela te traz no momento!

Hari Om!

Susana

Fez no dia 20 da Agosto um mês que adotei uma rotina e alimentação ayurvédica.

Então e o que mudou?

A alimentação.

Os horários das refeições.

Os horários de acordar, deitar. 

O corpo

A mente

Eu...

Acordo cedo e bebo um copo de água morna com limão ou um chá!

Faço a minha caminhada, seguido-se prática de Yoga e meditação!

A seguir tomo o pequeno- almoço.

O que tenho comido ao pequeno-almoço?

Fruta, muita fruta mesmo, ou chá e tostas ou leite de arroz e tostas com manteiga ou doce caseiro.

Banana, papaia, melão, pera-abacate, pêra, pêssego, manga, são algumas frutas que como ao pequeno-almoço. Por norma escolho 3 e junto tudo. 

Depois almoço.

O que tenho feito nestas refeições? Estas refeições são simples, leves e práticas e são sempre acompanhadas por salada.

* couscous, com bróculos salteados, acompanhado de feijão e esparregado, e salada de rúcula com alface.

*Caril de grão com arroz Basmati, acompanhado de salada de rúcula com alface.

*Arroz basmati com bróculos salteados, acompanhado com tirinhas de cenouras cruas e húmus e salada.

Sim, não como mais nada para já sem ser Arroz! Nada de massas, batatas e afins!

Não bebo nada às refeições!

Os lanches são compostos por maçãs e / ou galetes de milho com húmus e continuo a beber chás!

À noite janto normal, o que fizer cá para casa é o que como também, juntando apenas Massala.

Antes de me deitar bebo novamente chá detox!

O que mudou no meu corpo?

Estou menos inchada e isso é notório desde o início.

Reduzi 5 cms no peito; 7 cms na barriga e 8 cms de anca.

Tenho menos celulite nas pernas.

Aumentou a minha clareza mental e o meu bem-estar físico, sinto-me com mais energia!

* Reforço que esta dieta é indicada e específica para mim, para o meu Dosha e para o meu Dosha em desequilibro, Kapha!

Hari Om!

Susana

Hoje durante a minha caminhada matinal, a dada altura dei comigo a ter consciência de toda a gratidão de que estava a sentir no momento.

Mas afinal, o que é isto da gratidão?

Quando sentes gratidão é como se o coração transborda-se de alegria. É quando sentes uma enorme alegria por "nada de especial!". Apenas porque sim!

Como já aqui disse algumas vezes, a respiração é uma das formas que nos permite estarmos conscientes do momento presente, que nos permite estar aqui e agora, que nos faz estar mais "terra" e menos ar.

Então e numa das minhas inspirações dou comigo a ter consciência da enorme gratidão que estava a sentir no e pelo momento. Gratidão por poder caminhar. Gratidão por ter saúde. Gratidão por poder observar o desenrolar do amanhecer. Gratidão, por ver o sol a subir no céu dando inicio a mais um dia. Dando inicio a mais uma oportunidade de Ser, de Fazer, de Escolher como quero passar este dia. Mais uma oportunidade de fazer diferente e Ser melhor.

Gratidão por ter Tempo. Gratidão por poder sentir o calor do sol. Gratidão por poder observar os Melros, esses pássaros maravilhosos pretos de bico laranja que adorooo,  e que passam por mim parecendo que me dizem bom dia!

(Um aparte!! Eu adoro Melros. Vejo-os tantas vezes!! Há dias em que estou na cozinha e olho pela janela e lá pára um em cima de um telhado vizinho ou vejo-os a passar no seu voo liberto, por duas vezes que estiveram ao lado da janela do meu carro enquanto eu conduzia. Outras vezes vejo-os a saltitar na relva das rotundas, o que é facto é que os vejo muitas vezes e ouço os seus cânticos maravilhosos! Há dias em que às vezes só os ouço! E como não sorrir para eles quando me aparecem?! Parece que me falam! E este pulsar da natureza sou grata por poder observar tendo a consciência de que só os vejo porque estou cada vez mais atenta ao momento presente).

Gratidão por estar viva. Gratidão por ter acordado e poder usufruir de tudo isto. Gratidão por tudo o que tenho e tudo o que a vida me tem proporcionado, mesmo as historias mais difíceis. A vida Às vezes é madrasta comigo mas sei que tudo o que me tem acontecido é para chegar onde estou hoje, como sou hoje e na pessoa que me transformei.

Todas estas histórias que muitos de nós rotulamos de más, foram importantes para nós crescermos. Foram importantes para a nossa evolução pessoal. Foram o empurrão que precisávamos para avançar, para nos fazer sair da nossa zona de conforto, para termos uma perspectiva diferente da vida. Estas historias por norma, são formas que o Universo encontra para nos pôr alinhados com o nosso caminho, com a nossa essência. São no fundo essenciais.

Fazem parte do nosso crescimento, então devemos de ver estes acontecimentos não como algo mau, mas como algo necessário a. Como algo que nos fez chegar mais longe. Como lições e não como castigos. Isso não existe. 

Sermos gratos pela vida, e por tudo o que nos acontece abre-nos o coração, faz-nos atrair para nós mais bênçãos e mais coisas bonitas e momentos felizes.

Sou imensamente grata por tudo o que vivo, por tudo o que sinto, por todas as minhas experiências. 

Sou Grata!

E tu, pelo que és grato hoje?

Susana!

Hari Om!

Hoje quero falar de uma meditação muito simples que podes utilizar sempre que te apetecer!

Meditação So-Hum.

Todas as técnicas de meditação proporcionam algo de valioso ao corpo e à mente. Há várias técnicas mas esta é particularmente simples e fácil de aprender, que utiliza a respiração e um mantra para acalmar a mente.

Matra= significa o instrumento do pensamento.

Então vamos juntar à meditação o mantra, So-Hum. 

So-Hum, significa "Eu Sou".

Para mim, meditar é sentada! Pelas razões que menciono aqui, meditar todos os dias e também porque ao meditarmos deitados corremos o risco de adormecermos e não é isso que pretendemos!

Vamos começar:

1 - Senta-te no chão de forma confortável. Podes sempre sentar também em cima de uma almofada se for mais fácil. Certifica-te que não és interrompido. 

Cruza as pernas, roda os ombros atrás, abre o peito e mantém a verticalidade das costas.

Inspira fundo e ao expirar fecha os olhos.

2 - Durante alguns minutos mantém a tua atenção no movimento da tua respiração, inspirando e expirando pelo nariz.

3 - Agora vais interferir na respiração, fazendo respirações lentas.

 Ao inspirar, mentalmente pensa na palavra So. Ao expirar também lento, pensa na palavra Hum.

Durante algum tempo vais fazendo respirações lentas ao mesmo tempo que pensas mentalmente no som ao inspirar e ao expirar.

4 - Agora deixa de interferir na tua respiração, respira ao teu ritmo e ao inspirar repete o So e ao expirar o Hum.

5 - Se a tua mente dispersar, simplesmente volta a focar-te na tua respiração e no Mantra. 

6 - Por fim, uma ultima inspiração profunda, e ao expirar abre os teus olhos lentamente.

Podes fazer a meditação pelo tempo que pretendas. 5, 10, 20 minutos ou mais!

Experimenta e deixa o teu feedback! 

Boas meditações!!

Hari Om!

Susana

Depois de uma semana de férias voltei à minha rotina... E não foi muito fácil!

Sendo que tentei na semana de férias manter alguma rotina, como caminhadas e alguma prática e meditação mas não acordava às 6h da manhã!

6h15

Hoje o despertador tocou às 6h15... e a ronha foi um pouco mais forte, acabando por me levantar apenas às 6h45... O corpo não reagiu, os olhos não queriam abrir, a preguiça venceu-me hoje, mas amanhã não! Sei que o corpo e mente precisam de se ir habituando novamente à rotina que já estava instalada mas que foi quebrada com as férias e sem qualquer tipo de stress ou julgamento para comigo sei que amanhã será melhor!

Lá me arrastei da cama (!) e começa a minha rotina. Raspo a língua, (num outro post falo sobre isto!) lavo os dentes, tomo meu banho, faço um chá detox e tranquilamente sento-me a degustar o meu chá. Medito um pouco, conecto-me comigo, com a minha respiração e no final de meditação acabo por misturar um pouco do Reiki, onde recito os 5 princípios do Reiki, que falarei um dia também sobre isto!

8h00 

Estendo o tapete e preparo-me para uma aula de Ashtanga yoga.

Faço bastantes aulas com a Kino Macgregor a professora mais nova no mundo certificada pelo prof. indiano Pattabhi Jois, o fundador do Asthanga Yoga.

Faço 40 minutos de prática completamente vigorosa e bastante puxada.

O Ashtanga yoga tem uma vertente mais física do que o Hatha Yoga, com posturas muito desafiantes que puxam mesmo pelo físico.

Por fim a invertida sobre a cabeça, uma postura que eu adoro, que tanto medo me provocava, mas que tem tantos benefícios e me faz sentir bem. Sentir o peso do corpo ao contrário traz uma sensação de libertação muito grande! E já aqui tinha dito que esta postura nos ajuda a ver o mundo e a vida sob um outro prisma!

9h - pequeno-almoço

Finalmente o pequeno-almoço! Quando comecei esta rotina, nunca pensei que conseguiria acordar e estar horas sem comer, mas sem dúvida que uma vez mais é apenas um pensamento que como muitos outros pensamentos estão enraizados em nós , no nosso intimo, que achamos que são verdadeiros e um dia a vida mostra-nos que estamos errados! 

Hoje o pequeno almoço foi fruta! Outro conceito quebrado em mim porque sempre achei que comer fruta ao pequeno-almoço me daria fome muito cedo e não é verdade. Banana + meia meloa e meia manga!

Agora vou beber o meu café e começar o meu dia propriamente dito!

Tenham um dia feliz!

Hari Om!

Susana

Quantas vezes temos tantas coisas em mão que não sabemos para onde nos virar?

Quem é mãe sabe que a gestão de horários/tarefas complica-se ainda mais e às vezes a vontade de nada fazer é muita.

Depois há o chefe que nos chateia a cabeça, porque ele próprio não está bem. O trabalho que nem sempre é motivador. Os colegas com quem nem sempre nos identificamos e também eles a passar por processos nem sempre pacíficos... O ordenado que nem sempre é o merecido. As crianças que só querem brincar no final do dia e nem paciência temos para elas e só desejamos que estejam quietas...

Afinal o que andamos todos aqui a fazer? O que queremos nós da vida? É para andarmos todos stressados, a correr de um lado para o outro, cansados, e sem vontade para nada?

Já fizeram a pergunta conscientemente? Conseguem ouvir as respostas?

Ouço muitas vezes dizer que as nossas crianças são hiper ativas, mas para mim a sociedade é hiper ativa!

Tudo é para ontem! Vivemos numa geração em que tudo é imediato! Tudo acontece em segundos! Somos bombardeados com informação o dia inteiro e quantos de nós toma as suas refeições sem as saborear?

Sabiam que parar e simplesmente saborear a refeição que estás a tomar, é Yoga?

Trazer consciência ao momento presente e estares consciente, é Yoga!

O Yoga não é só quando vais para a aula praticar ou estendes o teu tapete no chão da tua sala!

O desafio do yoga é levares para o teu dia a dia o que aprendes a fazer no tapete!

Experimenta um dia sentar para comer, SENTAR!, tantas pessoas que comem em pé e a correr! No banco, onde estava a trabalhar, vi muitas vezes pessoas a comerem em pé, porque nem tempo tinham para se sentarem...

Senta-te, toma a tua refeição e deixa o telemóvel de lado, pelo menos enquanto comes! Vais notar que a tua refeição é deliciosa, pois estás consciente do momento!

Às vezes, desistimos! Às vezes deixamos que o mal estar venha ou a própria doença chegue e aí és obrigada a parar à força! E nós podemos evitar isso. Se pararmos por nós! O "desistir" aqui também pode ser visto como o grito que deste às tuas crianças que podia ser evitado; pode ser a resposta arrogante que deste a um colega que até era desnecessário; a discussão que acabaste por criar com o teu marido/companheiro/namorado sem razão aparente...

Vou fazer aqui uma confidência!

Nem sempre os meus dias foram simpáticos a nível profissional, claramente, então quando fazes algo com o qual não te identificas torna-se ainda mais complicado, gerir tudo isto! A verdade é que esses acontecimentos fizeram-me aprender a gerir as minhas emoções quando algumas coisas não corriam tão bem no trabalho.

Acreditem ou não, sempre que alguma coisa não corria bem, ou já estava a prever que não iam correr bem, eu ia para a casa de banho. Parece parvo não é? Casa de banho...? Sim, afinal qual o único sítio no trabalho, onde podes estar sozinha (o) sem que ninguém te interrompa?! 

Então, sentava-me com as pernas à chinês como dizem os meus filhos, e ficava ali sozinha por minutos, e apenas tomava consciência da minha respiração. Fazia umas quantas respirações profundas e pensava em coisas que me deixavam alegres! Seja o sorriso dos meus filhos, o abraço do meu companheiro, uma música que soava na minha cabeça, uma experiência agradável que tinha tido, etc.

Muitas vezes nestes processos as lágrimas vinham e nunca as detive, é o meu jeito de acalmar a alma.

Quando voltava para o meu lugar, a dimensão do "problema" diminuia e as coisas deixavam de ter a importância que lhes tinha dado. Acreditem que isto funciona!!

Aprender a parar, a descansar (e não falo de dormir a sesta!!) só traz benefícios para a nossa vida!

Podia estar aqui a falar/escrever sobre o tema até me cansar, mas vou terminar dizendo-vos, EXPERIMENTA! 

Quando alguma coisa não correr de feição, não "desistas"! Pára, descansa a mente, respira consciente e vê o que acontece a seguir!

Aprende a descansar, não a desistir!

Hari Om!

Susana

Pois bem, desta vez rumamos até à zona Oeste, mais propriamente para o Baleal.

Todos os anos vamos até esta zona do país! Gosto das praias, das pessoas, gosto de fazer caminhadas por ali, gosto do peixe. Gosto do Baleal!

Durante os dias que por aqui estivemos, quando o tempo não estava de feição, sem dúvida o grande contra desta zona (!), aproveitamos e andamos a passear pela vila lindíssima de Óbidos (que adoro!) e também pelo Buddha Eden, o jardim da paz.

Aiii o Buddha Eden... um cheirinho a Ásia no meu pais! Um jardim com uma energia enorme!! Conhecem? Se não conhecem, se faz favor programem uma tarde e visitem!

Óbidos! 

Essa vila lindissima e cheia de história! Já lá tinha estado mas não com as minhas crias!

E foi engraçado andar por ali com eles! Sempre muito interessados na História da vila!

No dia seguinte fomos até ao Jardim da Paz! Que adoro!

Há 7 anos levei a minha filha mais velha para conhecer o jardim! Como tinha sido mãe há muito pouco tempo, fomos as duas, para termos tempo para nós! Não é uma fase fácil para os irmãos mais velhos! 7 anos depois, foi giro vê-los aos dois a andar por ali a explorar.

*Quem sai aos seus... ;)

Bem e como se diz, o que é bom acaba depressa... vamos lá regressar a casa! Temos um gato à nossa espera!!

* Se há coisa que me deixa tranquila e em paz é poder contemplar a magia da natureza! Pôr do Sol Baleal

 *Caminhadas pela manhã @Baleal

 Hari Om!

Susana

Pois bem, aqui estou eu para mais uma semana de férias com a família! 

Desta vez rumamos até à zona Oeste. Mais propriamente para o Baleal, Peniche!

Embora o tempo seja um pouco instável por aqui, é uma zona onde gosto muito de estar. Sol, praia, piscina, bom peixe, boa gente, festas, churros, concertos... e muito mais! 

Eu não tenho uma família dita normal e sinto imenso orgulho nisso! Mas a realidade é que cada vez mais há famílias não tradicionais! 

Nesta família, há os meus, a dele, e um dia é provável que haja o (a) nosso (a)... não digo nada, nem ponho essa hipótese de parte, até porque, eu sempre achei que o meu casamento era para a vida e foi à vida!!! 

O Universo saberá o que é melhor para mim! De todos os planos que já fiz, lá veio ele (o universo!) e trocou-me as voltas, acabando por me trazer sempre melhor do que eu alguma vez pudesse ter imaginado!

Bom voltando às férias, e família e cenas...

Somos 5!

E a gestão entre os horários dos 5, as atividades dos 5 e os afazeres dos 5 nem sempre é fácil! 

Mas consegue-se! Com esforço, dedicação, vontade, cumplicidade e muito amor!

Hoje e enquanto escrevia este post, alguns dormiam e outros estavam na cama na ronha! Durante o período das férias dorme-se muito bem e até tarde, miúdos e graúdos acabam por descansar bastante!

Enquanto eles dormem até à hora que lhes apetece, eu levanto-me cedo, faço a minha caminhada até à praia, conecto comigo, com os meus passos, com a minha respiração, com as minhas intenções para o dia.

Observo, sinto, paro. Usufruo deste tempo para mim!

Tomo o meu pequeno-almoço, faço a minha prática, ou não, depende da intenção/vontade, afinal estou de férias!! Leio um livro e desta forma consigo ter tempo para mim e descansar à minha maneira!

Tentamos gerir o horário da melhor forma que conseguimos. Fazemos programas em conjunto, os 5, e há alturas do dia em que fazemos programas separados!

Como? perguntam?

Por exemplo, na 2ªf jogou o Sporting! A alma companheira foi ver o jogo, enquanto ele via o jogo, embora sportinguista também (!) optei por fazer a minha prática nessa altura. Durante este tempo, os miúdos estiveram entretidos nos muitos espaços que o sítio onde estamos oferece para as crianças! Depois foi tempo de banhos e preparar o jantar!

Todos estávamos bem, e cada um a fazer as suas coisas! Para mim, é necessário cada um ter o seu tempo. Tempo para as suas coisas, incluindo as crianças!

Embora as nossas crianças sejam já crescidinhas, quando numa família há crianças mais pequenas, podem sempre tentar que o outro fique um pouco com a criança para que a mãe/pai possa descansar e tirar o tal tempo que necessita para si.

Tirar tempo para si e parar é fundamental para estarmos bem!

Também é preciso as mães conseguirem fazê-lo, porque eu sei que há um lado muito tendencial para estarmos com as nossas crias. Sei que para muitas mães fazer o corte do cordão umbilical é díficil, mas parar um pouco e estarmos só connosco, nem que seja por 10 minutos, é meio caminho andado para estarmos mentalmente bem e recuperar da azáfama do dia a dia e conseguirmos estar bem para quem nos rodeia!

Esta é a minha gestão! Cada familia fará a sua, claramente, mas por aqui esta forma funciona!!

Hari Om!

Susana

E tu, já respiraste hoje conscientemente?

Posso dizer que para mim uma das coisas mais importantes que a prática de Yoga me trouxe foi tomar consciência da respiração. E isto foi algo completamente revolucionário na minha vida.

Assim tão revolucionário, perguntam vocês?

Sim! completamente revolucionário...

Porquê? Por algumas razões!

A primeira é que ao fim de 33 anos, na minha  primeira aula de Yoga, percebi que não sabia respirar.

Como não sabes respirar, perguntam vocês? Todos nós respiramos!

É verdade! Mas não sabemos respirar corretamente! A maioria de nós respira mal! 

Foi só na aula de Yoga que percebi como deveríamos de respirar, e que a grande parte das pessoas respira apenas através parte superior dos pulmões e aqui aprendi que devemos respirar nasal e abdominal.

Como fazemos isso? Ao inspirar a barriga expande… e ao expirar a barriga recolhe em direção às costas… imagina um balão! Quando enches de ar ele aumenta, assim é com a nossa barriga! É assim que ensino a respiração os meus meninos pequeninos!!

Toma agora atenção à tua respiração. Ao inspirar e ao expirar que movimentos faz a tua barriga? Se ao inspirar a barriga recolher para dentro estás a respirar mal! E o ar só entra pela metade (ou menos) de toda a capacidade que temos de respirar!

Já tiveste oportunidade de ver um recém-nascido a respirar enquanto dorme? Se tiveres essa oportunidade verás que está a respirar pelos movimentos que a sua barriga faz!

*Segundo

Através de uma respiração consciente consegues conectar-te com o corpo.

O que é que isto quer dizer na realidade?

Quer dizer que, ao tomares consciência da tua respiração trazes a tua atenção para o momento presente.

Trazes a tua atenção para o tão falado aqui e agora! Estás mais “terra” e menos no pensamento. Ao estar menos no pensamento ficamos menos ansiosos ou preocupados. Não há muito passado ou muito futuro nos nossos pensamentos, porque estamos mais aqui no que está a acontecer hoje, no dia de hoje.

*Terceiro

Ao estar mais consciente do que está a acontecer aqui e agora, estou também mais consciente do que se passa à minha volta, mais consciente com as sincronicidades da vida, mais consciente das minhas emoções, sensações e se não gosto do que vejo, ou sinto, posso sempre mudar e alterar!

*Quarto

As estar mais consciente do momento e da minha respiração faz-me viver a vida de uma forma mais tranquila, mais harmoniosa, num registo de maior aceitação do que é. Ajuda-me a aceitar que as coisas não são sempre como eu quero e ajuda-me a trabalhar a aceitação do e no momento.

* Quinto

Ao respirar melhor, trago mais oxigénio ao cérebro e ao corpo, renovando-o.

Ao trazer mais oxigénio ao cérebro, o corpo automaticamente relaxa e fico mais tranquila.

Trago mais centramento para mim, trago mais consciência do meu Eu, e de quem Sou!

E tu, já respiraste hoje conscientemente?

Susana

Hari Om 

Rishikesh é conhecida como a capital do mundo do Yoga. Quem quer vivenciar o Yoga e a meditação no seu berço e quem procura uma viagem espiritual é para aqui que vem!

Rishikesh, também é conhecida como as portas do céu, já que se situa no sopé dos Himalais, ou seja onde estes se começam a formar.

Depois de mais 15 horas de viagem de avião para chegar à India e dois dias por Deli, agora o destino era Rishikesh!!

De Nova Delhi fomos de comboio até Haridwar, numa viagem que demorou cerca de 6h30.

 O comboio onde viajavamos, surpreendeu-me pela positiva. Foram-nos dadas refeições e chás!

Chegados a Haridwar, mais um transporte, desta vez de mini-autocarro até Rishikesh, que demorou mais uma hora! Tudo na Índia é longe!!

*Estação de comboios de Haridwar

Quando estamos quase a chegar a Rishikesh, somos brindados pela maravilhosa vista sobre os Himalaias. Fica para trás a sensação de cansaço e o sentimento que tens é de uma enorme alegria! Avistar os Himalais é soberbo...

 *Himalais

Rishikesh... Rishikesh é maravilhosa!

Rishikesh tem uma energia brutal. Tu sentes toda essa energia por onde quer que andes, nos espaços, no rio (ai o riooo!!), nas pessoas.

É caotica e tranquila ao mesmo tempo! É o equilibrio perfeito entre a confusão e a serenidade.

Consegue-se sentir a magia e energia desta cidade no corpo...e a vibração é maravilhosa!

Esta iria ser a minha casa durante 15 dias e eu já estava rendida aos seus encantos...

Senti-me em casa assim que cheguei a Rishikesh!

As pessoas são super simpáticas e senti que têm o conceito de Karma muito enraizado. Eles sabem que todas as suas açoes retornam a si. Então nunca senti que estivesse a ser enganada por exemplo quando fazia compras no mercado, estava a pagar o preço justo, até porque tudo é barato em Rishikesh. Também nunca senti medo por andar nas ruas sozinha, o que aconteceu algumas vezes.

Em Rishikesh, as vacas andam nas ruas livremente e são sagradas para os Hindús.

Em Rishikesh não se come carne, peixe nem se bebe alcool.

O nosso alojamento ia ser vivenciado de duas formas. Num Ashram e num Hotel!

O Ashram ficava num ponto mais alto da cidade e por estradas de terra e completamente estreitas lá seguimos viagem e confesso que pensei algumas vezes que o pequeno autocarro não iria conseguir subir aquelas ruas tão íngremes e apertadas.

A forma como nos receberam no ashram foi maravilhosa.

Todos os rituais que vivi aqui foram maravilhosos e muito intensos! Uma sensação de regresso a casa muito grande!

Tudo no Ashram é simples. Os quartos, a sala de prática e meditação, a comida simples e maravilhosa!

* Sala de meditação

As refeições eram feitas no chão e não havia talheres, à excecão do pequeno-almoço por comermos papas de aveia! Posso dizer-vos que a comida é muito mais saborosa quando comemos com as mãos! A comida era simplesmente maravilhosa, confecionada apenas por homens que também nos serviam. 

Os pratos por vezes eram lavados no rio!

Vida no Ashram:

Acordavamos às 7h manhã e das 7h30 até às 8h faziamos meditação. Depois a prática Yoga e pelas 9h tomavamos o pequeno-almoço. Seguia-se o Karma Yoga, onde executavamos algumas tarefas, como a limpeza do Ashram.

Aqui tivémos a oportunidade de participar no Panchagni, a celebração dos 5 fogos, onde ficavamos em meditação, até à hora do almoço.

Também fizemos a celebração do fogo à noite, e deixem-me que vos diga, foi simplesmente Brutal!

*A preparação para a celebração do fogo

*Quando recebi o meu nome espiritual: Shiva Prya - aquela que é amada por Shiva!

Ficamos aqui 4 dias. Os restantes dias foram passados num Hotel.

Nas tardes que tinhamos livres, aproveitavamos para conhecer melhor os recantos desta cidade. Corri as livrarias quase todas, onde passei muito tempo a escolher alguns dos muitos livros, verdadeiras bíblias, sobre Yoga. Aqui podes fazer muito boas compras. Comprei uma série de livros que não ultrapassaram os 7/8 euros, e que em Portugal custariam mais de 30 euros cada um, ou simplesmente nem consegues encontrar! Comprei 6 livros! 

Faziamos algumas compras nos mercados, ou simplesmente deixavamo-nos estar à conversa nos bonitos cafés de Rishikesh com vista para o rio, saboreando as tão maravilhosas Lassi's (uma bebida tipica na India feita de iogurte).

 Ao final da tarde e pouco antes do sol se pôr, íamos até ao rio, ver o ganga Artri - a celebração do fogo, e a oferenda ao Rio! Um ritual simplesmente maravilhoso onde se juntam muitas centenas de pessoas! Juntamente com esta oferenda faziam-se cânticos que faziam ressoar a minha alma!

*Em Haridwar

Fizemos visitas a templos, grutas, vimos o nascer do Sol a romper os Himalais, vimos cascatas, visitamos um Swamiji que vive numa gruta no meio da floresta, visitamos Ashrams, entre outras coisas que ficarão para outro Post!

Fui muito feliz deste lado do mundo!

Muitas vezes as lágrimas cairam simplesmente face abaixo...  fui muitas vezes invadida por uma sensação de enorme gratidão, com a sensação de que eu não deveria de estar em mais lado nenhum no mundo senão ali, a vivenciar cada Mantra, cada meditação, cada Satsanga, cada visita, cada descoberta, cada ritual... e isso fazia o meu coração transbordar de alegria!

Ir à Índia foi um sonho tornado realidade, e ir à India para poder praticar Yoga e Meditaçaão no seu berço, foi Ouro sobre Azul!

Eu sei que vou voltar! 

Susana

Hari Om,